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desapareceram os alcabozes, peixe de rocha outrora abundantes, bem como as colónias de mexilhão e percebes, hoje de perigosa digestão — quando os há — devido aos esgotos que os inundam.
6. Mas, o que fazer? Precisávamos de ter um autarca residente ou aqui fixado que levasse Azenhas do Mar ao reconhecimento e à atenção das entidades oficiais, transformando boas intenções em realizações de facto. Precisamos de uma espécie de "polis" pequenina para trazer de novo a várzea do rio dos Moleiros repovoadas de árvores e arbustos tradicionais, recuperando o seu facies anterior sem construções abusivas, ordenando aquelas que poderiam ficar. Seria útil que se ensinasse essa gente "das Estradas" que tais vias, ao entrarem nos povoados passam a ruas, avenidas (com nome), "urbanas" pois, com os perfis adequados e próprios à segurança de peões, adultos, velhos e crianças. Alguém que proibisse de vez, as bizantínicas parolas de alguém julgado com "poder" (e o dinheiro dos contribuintes) volte a enfeitar espaço e estradas com aquele arraial primário implantado entre Azenhas do Mar e Fontanelas. Alguém com sensibilidade, que visse o caos (e a vergonha) do emaranhado das redes aéreas de energia, qual teias gigantescas de aranhas sobre nossas cabeças, cortando vistas e paisagens (estamos no século XXI!). ... e essas "cabeleiras" com que agora se ornamentam os topos dos Postes que sustentam tais cabos. E ...
Azenhas do Mar Outubro de 2006
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