ASSOCIAÇÃO DE DEFESA DO

PATRIMÓNIO DE SINTRA

 

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Dia Internacional das Florestas - 2020

Florestas e Biodiversidade - Demasiado Preciosas para se Perderem

 

As florestas, que já ocuparam mais de 60% da superfície dos continentes, cobrem, atualmente, apenas 31%, nelas vivendo mais de 60.000 espécies de árvores, constituindo o habitat de cerca de 80% de toda a biodiversidade terrestre.

São dos ecossistemas mais complexos do nosso planeta, nos quais vivem milhares de espécies de plantas e de animais, em harmonia entre si e com o meio ambiente, através de uma complexa e frágil teia de equilíbrios e relações.

Constituem o expoente máximo da organização da natureza, dependendo da sua proteção e conservação a manutenção dos equilíbrios da natureza e da vida na Terra.

As florestas constituem, ainda, o lar de 300 milhões de pessoas em todo o mundo, delas dependendo a identidade e a sobrevivência cultural de muitos povos.

Mais de 1 bilião de pessoas dependem das florestas que lhes fornecem alimentos, abrigo, energia, recursos e rendimentos.

 As florestas constituem um recurso natural renovável que fornece bens e serviços de inestimável valor para o Homem:

·   Renovam o oxigénio e filtram as poeiras suspensas no ar, purificando-o;

·   Absorvem e sequestram o carbono atmosférico reduzindo o efeito de estufa;

·   São um importante regulador climatérico que ameniza o clima tornando-o mais temperado e húmido, minimizando os efeitos das alterações climáticas;

·   Absorvem as águas das chuvas diminuindo o escorrimento superficial e provocando a sua infiltração no solo, abastecendo e melhorando a qualidade dos aquíferos subterrâneos, alimentando fontes e nascentes;

·   Regularizam os caudais de rios e ribeiros, diminuindo o risco e a intensidade das cheias, protegendo as suas margens da erosão;

·   Fixam as dunas do litoral, protegendo os campos de cultivo do vento e do avanço das areias;

·   Enriquecem os solos em matéria orgânica, contribuindo para a sua formação e evolução, defendendo-os da erosão. Constituem a maior barreira ao avanço da desertificação;

·   Fornecem plantas medicinais, aromáticas e condimentares, sendo um reservatório de elementos biológicos de potencial interesse para o Homem, estando a utilização de muitos ainda por descobrir;

·   O aproveitamento da biomassa florestal é uma importante fonte de energia alternativa e diminui o risco da propagação dos incêndios;

·   Compartimenta e valoriza a paisagem criando cenários de grande beleza;

·   Proporciona os melhores locais de recreio e lazer, longe do ruído e da poluição;

·   São um espaço de descoberta, de aventura e de aprendizagem.

 

A deflorestação continua à alarmante taxa de 10 milhões de ha/ano, uma área um pouco superior à de Portugal, equivalente à de um campo de futebol por segundo.

A sua principal causa é a reconversão do solo para usos agrícolas e pecuários, sobretudo nas regiões tropicais e subtropicais, mas as alterações climáticas, com o aumento da temperatura, dos períodos de seca e dos fenómenos meteorológicos extremos, têm vindo a aumentar o risco, o número e a extensão dos incêndios florestais que, além da perda de vidas, de bens e de biodiversidade, são responsáveis por emissões massivas de dióxido de carbono estimadas entre 13 a 20% do total global de gases com efeito de estufa.

A biodiversidade está em sério risco com a deflorestação, a degradação das florestas e as alterações climáticas.

A saúde do nosso planeta está a declinar a uma velocidade impressionante e a taxa de desaparecimento de espécies a acelerar.

A diversidade genética ajuda as florestas a adaptarem-se às alterações climáticas e a outras ameaças.

Em Portugal, a conservação das florestas e dos bosques autóctones é fundamental para a estabilidade biofísica do território.

A Agenda 2030 (das Nações Unidas) para o desenvolvimento sustentável, aprovada pelos líderes mundiais a 25 de setembro de 2015, reconhece o papel crucial e vital da gestão sustentável das florestas e da sua recuperação para a conservação da natureza e da biodiversidade, o cumprimento das metas relativas ao aquecimento global e o futuro da humanidade.

 Em 2012, a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou o dia 21 de março como o Dia Internacional das Florestas.

Este dia pretende celebrar e sensibilizar para o grande valor ambiental, social, cultural e económico das florestas e a necessidade da sua proteção e conservação, incentivando, em todos os países, a realização de ações nacionais, regionais e locais sobre as florestas e as árvores, como campanhas de plantação e de arborização.

 Todos os anos é escolhido um tema para esta celebração sendo o de 2020 “A floresta e a biodiversidade – Demasiado preciosas para se perderem”.

 A celebração do Dia Internacional das Florestas pretende fomentar o envolvimento de toda a sociedade civil na tomada de medidas urgentes para travar a deflorestação e restaurar os ecossistemas florestais degradados de forma a legar às gerações vindouras um futuro mais verde e saudável.

 Tem a Associação de Defesa do Património de Sintra estado sempre associada a estes objetivos e ao apelo para proteger as florestas antes que seja demasiado tarde e para tornar as nossas cidades e vilas mais verdes, sustentáveis e lugares mais felizes para se viver, assumindo a defesa e conservação do extraordinário património arbóreo e florestal do nosso Município.

 

Plante uma árvore – Plante o nosso futuro

 

                                                                                                                 Rui Queirós

                                                                                                                Eng. Silvicultor

 

 

 

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    ACTUALIZAÇÃO 29-out-2023 12:22 - © ADPSINTRA